domingo, 12 de fevereiro de 2017

COMO VOCÊ INTERPRETA?! – I

No livro “Os Mensageiros”, o segundo da série de André Luiz, o talentoso autor espiritual narra a sua visita, na companhia de Aniceto, a um Posto de Socorro, situado nas proximidades da Crosta. As observações feitas por ele são interessantíssimas – todas elas –, mas, de nossa parte, gostaríamos de destacar, no capítulo 20: “Impressionavam-me, sobretudo, as fortificações. Via a torre de mensagem, consagrada, por certo, ao serviço de resistência; o baluarte agudo, elevando-se acima dos fossos que deixavam transbordar a água corrente; a torre de vigia, esbelta e alterosa. Observei o caminho da ronda, a cisterna, as seteiras e, em seguida, as paliçadas e barbacãs, refletindo na complexidade de todo aquele aparelhamento defensivo. E as armas? Identificava-lhes a presença na maquinaria instalada ao longo dos muros, copiando os pequenos canhões conhecidos na Terra. Entretanto, vi com emoção, no cume da torre de vigia, a enorme bandeira de paz, muito alva, tremulando ao vento como largo penacho de neve...”
Em seguida, leitor amigo, pedimos licença para pergunta a você como interpreta, no mesmo capítulo 20, a essência do diálogo que se segue entre André Luiz e Alfredo:
“- Mas... e as armas? – perguntei – acaso são utilizadas?
- Como não? – disse Alfredo, pressuroso – não temos balas de aço, mas temos projetis elétricos. Naturalmente, a ninguém atacaremos. Nossa tarefa é de socorro e não de extermínio.
- No entanto – aduzi, sob forte impressão –, qual o efeito desses projetis?
- Assustam terrivelmente – respondeu ele, sorrindo – e, sobretudo, demonstram as possibilidades de uma defesa que ultrapassa a ofensiva.
- Mas apenas assustam? – tornei a interrogar.
Alfredo sorriu mais significativamente e acrescentou:
- Poderiam causar a impressão da morte.
- Que diz! – exclamei com insofreável espanto.
O administrador meditou alguns instantes, e, ponderando, talvez, a gravidade dos esclarecimentos, obtemperou:
- Meu amigo! meu amigo! se já não estamos na carne, busquemos desencarnar também os nossos pensamentos. As criaturas que se agarram, aqui, às impressões físicas, estão sempre criando densidade para os seus veículos de manifestação, da mesma forma que os espíritos dedicados à região superior estão sempre purificando e elevando esses mesmos veículos. Nosso projetis, portanto, expulsam os inimigos do bem através de vibrações do medo, mas poderiam causar a ilusão da morte, atuando sobre o corpo denso dos nossos semelhantes menos adiantados no caminho da vida. A morte física, na Terra, não é igualmente pura impressão? Ninguém desaparece. O fenômeno é apenas de invisibilidade ou, por vezes, de ausência. Quanto á responsabilidade dos que matam, isso é outra coisa.” (os destaques são nossos)
Estimaríamos, assim, ouvir as impressões de nossos internautas a respeito das anotações acima, efetuadas por André Luiz, através da lavra mediúnica de Chico Xavier.
Nas próximas semanas, estaremos apresentando uma série de textos semelhantes, sob a mesma indagação: COMO VOCÊ INTERPRETA?!
Um abraço fraterno e boa reflexão a todos.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 13 de fevereiro de 2017.